A cientista brasileira Yara Barros, 59, foi anunciada nesta quarta-feira (30) como vencedora do prêmio britânico Whitley Prize 2025, conhecido como Oscar Verde por ser o reconhecimento mais importante do mundo em relação a preservação da biodiversidade.
Ela foi reconhecida por seu projeto com a população de onças-pintadas da Mata Atlântica, onde é considerada criticamente ameaçada por causa da caça na região. Yara trabalha junto ao Instituto Pró Carnívoros para mudar a atitude em relação a esses grandes felinos e empoderando mulheres em comunidades locais por meio de iniciativas de geração de renda.
De acordo com o site do Whitley Prize, o prêmio de cerca de R$ 380 mil será usado pela equipe para implementar medidas anti-predação das onças-pintadas, capacitar pessoas de países da América Latina para gerenciar conflitos envolvendo os animais, realizar um censo dos grandes felinos no Parque Nacional do Iguaçu para estimar a população da espécie, entre outras iniciativas.
O animal tem sido destaque após um caso envolvendo um homem, de 60 anos, que morreu após ser atacado por uma onça-pintada em uma área isolada da região de Touro Morto, a aproximadamente 150 quilômetros de Miranda, em Mato Grosso do Sul.
“As onças-pintadas são mais do que animais magníficos — são espécies-chave vitais para a saúde do ecossistema. No Parque Nacional do Iguaçu, a Yara está trabalhando para promover a coexistência entre as pessoas e os grandes felinos por meio de estratégias antipredação, educação e capacitação da comunidade”, o prêmio escreveu na legenda da publicação nas redes sociais.
Yara Barros também foi eleita Women Of Discovery (Mulheres da Descoberta, em português) pela Wings, organização sem fins lucrativos reconhece mulheres cientistas que estão fazendo contribuições para o conhecimento e conservação da natureza.
