O mercado físico do boi gordo apresentou alta nos preços ao longo da semana, com indicativos de que essa tendência deve se manter no curto prazo. A avaliação é do analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, que destaca o impacto das escalas de abate mais ajustadas nas negociações.
Segundo Iglesias, o cenário atual é de menor disponibilidade de animais jovens, especialmente daqueles que atendem às exigências do mercado exportador chinês. Em contrapartida, a oferta de fêmeas segue elevada no Centro-Norte do país, o que acentua a diferença de preços entre machos e fêmeas.
As exportações de carne bovina continuam sendo o principal fator de demanda no setor. O analista aponta que o Brasil caminha para alcançar um recorde histórico nos embarques neste ano, o que tem contribuído para sustentar os preços internos.
Cotações por estado – Preços da arroba no dia 5 de junho:
No mercado atacadista, os preços voltaram a se acomodar, mas ainda há potencial de alta no curto prazo, especialmente com a entrada dos salários no início do mês, aponta Iglesias. No entanto, o consumo doméstico segue pressionado, com preferência por proteínas mais acessíveis, como carne de frango, ovos e embutidos.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada movimentaram US$ 899,1 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 54,0 milhões. Foram exportadas 218,07 mil toneladas, o que corresponde a média diária de 10,38 mil toneladas, com preço médio de US$ 5.200,90 por tonelada.