Um adolescente palestino com cidadania americana foi morto por forças israelenses na cidade de Turmus Ayya, na Cisjordânia, disseram autoridades palestinas no domingo (6). O exército israelense afirma ter atirado em um “terrorista” que colocou civis em perigo ao atirar pedras.
O ataque é o mais recente de uma onda de violência e confrontos quase diários na volátil Cisjordânia, onde a violência dos colonos e os confrontos entre forças israelenses e palestinos armados têm mantido o país sob tensão.
O prefeito de Turmus Ayya, Adeeb Lafi, disse à Reuters no início do dia que Omar Mohammad Rabea, 14, foi baleado junto com outros dois adolescentes por um israelense na entrada de Turmus Ayya e que o exército israelense o declarou morto após detê-lo.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores palestino condenou o incidente como um “assassinato extrajudicial” cometido pelas forças israelenses durante uma operação na cidade, dizendo que foi resultado da “impunidade contínua” de Israel.
“Durante uma atividade antiterrorista na área de Turmus Aya, soldados das Forças de Defesa de Israel identificaram três terroristas que atiraram pedras na rodovia, colocando em risco os civis que dirigiam”, disse o exército israelense em um comunicado.
“Os soldados abriram fogo contra os terroristas que estavam colocando civis em perigo, eliminando um terrorista e atingindo outros dois terroristas”, afirmou.
A violência dos colonos na Cisjordânia, incluindo incursões em territórios ocupados e ataques a aldeias e acampamentos beduínos, intensificou-se desde o início da guerra de Gaza em outubro de 2023.
Países europeus e o governo anterior dos EUA, sob o comando do presidente Joe Biden, impuseram sanções a colonos israelenses violentos, embora a Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump, tenha removido essas sanções.
O exército israelense também realizou nos últimos meses o que chamou de “operação militar em larga escala” na Cisjordânia para erradicar militantes.
O grupo militante Hamas, sediado em Gaza, expandiu nos últimos anos seu alcance na Cisjordânia , onde a Autoridade Palestina, dominada pela facção rival Fatah, exerce governança limitada.
