Ricardo Mussa, chair da Sustainable Business COP (SB COP), liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), enfatizou a necessidade de uma participação mais ativa do setor privado na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém (PA).
Mussa ressaltou que 84% das emissões globais de gases de efeito estufa são provenientes do setor privado, destacando a responsabilidade das empresas em apresentar soluções concretas.
“Não adianta a gente delegar só para os governos, a gente precisa chegar lá com propostas concretas e com muito, muito mais ação”, afirmou.
O executivo enfatizou a importância de evitar a polarização e buscar um caminho intermediário nas discussões sobre mudanças climáticas.
Ele observou que o posicionamento dos Estados Unidos em relação ao Acordo de Paris tem, paradoxalmente, unido outros países e aproximado ONGs para um diálogo mais construtivo.
Mussa destacou o interesse crescente de diversos setores em participar e contribuir para a SB COP: “Estou até com o excesso de gente querendo participar, ajudar, seja das ONGs, seja das empresas, querendo participar”.
O chair da SB COP ressaltou a capacidade do setor privado em organizar e estabelecer métricas de sucesso para resultados efetivos.
“A gente sabe organizar, sabe ter métrica de sucesso para resultado, colocar o time para trabalhar, é um time global, com dezenas de países participando, com quase centenas de empresas participando, a gente vai chegar com algo concreto”, explicou.
Por fim, Mussa expressou sua expectativa de que a COP30 possa encontrar um equilíbrio nas discussões, baseando-se na ciência e no diálogo construtivo entre todas as partes envolvidas.