O automóvel do estudante Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, que dirigia o veículo que atropelou e matou as jovens Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas de 18 anos, possuía modificações para possíveis rachas.
A informação foi dada pelo magistrado que conduziu a audiência de custódia do acusado, ocorrida na última quinta (11). Segundo ele, “o veículo do acusado era inteiro modificado para gerar mais potência na aceleração, com dois escapamentos esportivos, dando a entender que ele participa de ‘racha’”.
Durante a audiência, a Justiça converteu a prisão em flagrante de Brendo para preventiva. O caso aconteceu na última quarta-feira (09), na Avenida Goiás, uma das mais movimentadas de São Caetano do Sul, no ABC paulista.
Uma das hipóteses do crime é de que Brendo estaria tirando racha com outro veículo. A informação consta no boletim de ocorrência registrado após o caso.
Novas imagens obtidas pela CNN mostram o estudante de Direito Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, que dirigia o automóvel que atropelou e matou as jovens Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas de 18 anos, em alta velocidade momentos antes do crime.
Nas imagens, retiradas de câmeras de segurança, é possível ver que o Honda Civic dirigido por Brendo passa cortando os outros veículos que estavam na via
O advogado das famílias das adolescentes mortas em São Caetano do Sul afirmou, em entrevista à CNN, que o motorista estava a mais de 120 km/h no momento do acidente.
Ele reforçou que o número exato ainda será confirmado com o laudo oficial da Polícia Científica, mas defende que a velocidade é incompatível com o limite da via, que era de 60 km/h.
Rafael Dias ainda destacou ainda que as imagens mostram o veículo passando como um “vulto”, o que, para ele, garante a alta velocidade, acima do permitido no local.
Em contrapartida, a defesa do estudante classificou o ocorrido como uma “fatalidade”, de modo com que onde as vítimas tentaram atravessar a avenida ainda quando o semáforo estaria vermelho para elas.
Os advogados Francisco Ferreira e Thaís Vianna, que representam Brendo, ainda afirmaram que ele não viu as vítimas, mas prestou socorro após o acidente.
Em depoimento, o estudante alegou que o semáforo estava verde para o tráfego de veículos.
“Eu estava trafegando na rua normalmente, voltando da faculdade, para casa, quando eu me deparei eu tava olhando para o semáforo na frente e vi que ele amarelou, quando eu olhei para o meu tava em cima, eu vi que ele ainda tava verde, aí ia amarelar e avermelhar, foi na hora que dei de encontro com as duas mulheres”, afirmou.
Em 13 de janeiro de 2025, Brendo foi flagrado dirigindo o mesmo carro a 97km/h na Avenida Guido Aliberti, também em São Caetano, acima do limite permitido para a via, que era de 60km/h.
O limite em questão, é o mesmo da Avenida Goiás, local do atropelamento das jovens Isabelli e Isabela na quarta-feira (9). Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a penalidade é considerada gravíssima e tem como consequência a suspensão do direito de dirigir com a perda da CNH por um período de 2 a 8 meses.