A nova rodada de tarifas dos Estados Unidos contra dezenas de países passa a vigorar a partir da 1h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9).
A medida começa a valer para 57 países, incluindo antigos aliados, como Japão e União Europeia, e rivais, a exemplo da China.
O sobrepreço começa uma semana após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o “tarifaço”, com a justificativa de atrair investimentos privados para o país e estimular a geração de empregos.
No sábado (5), começou a valer a taxação a dezenas de países, entre eles o Brasil, com o índice base de 10% sobre a importação de itens para os EUA.
O sobrepreço adicional desta quarta-feira (9) é aplicado aos países com taxação acima de 11%.
As importações da União Europeia serão atingidas com uma tarifa de 20%, enquanto os japoneses terão barreiras de 24%.
O caso mais extremo é da China, que passará a contar com tarifas de 104% – resultado de somadas taxas já aplicadas previamente pelo republicano.
O Vietnã, que se beneficiou da mudança das cadeias de suprimentos dos EUA para longe da China após a guerra comercial do primeiro mandato de Trump com Pequim, será atingido por uma tarifa de 46% e concordou na sexta-feira (4) em discutir um acordo com Trump.
O Canadá e o México foram isentos das últimas taxas de Trump porque ainda estão sujeitos a uma tarifa de 25% relacionada à crise do fentanil nos EUA para produtos que não cumprem as regras de origem EUA-México-Canadá.
Para definir as tarifas, Washington fez o seguinte cálculo: o déficit comercial do país dividido por suas exportações para os Estados Unidos, e depois dividido pela metade.
Na terça-feira (8) a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt afirmou que cerca de 70 países entraram em contato com Washington para iniciar negociações para reduzir o impacto da política tarifária do presidente norte-americano Donald Trump.
Por outro lado, a União Européia iniciou conjunto de contramedidas contra as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio. As propostas iniciais foram suavizadas — o bourbon norte-americano, por exemplo, foi retirado da lista — e também foi oferecido a Washington um acordo tarifário de “zero por zero”.
Enquanto a China reagiu impondo tarifas gerais equivalentes a 34% sobre importações dos Estados Unidos, além de estabelecer restrições à exportação de algumas terras raras.
A China também incluiu mais 11 órgãos norte-americanos na lista de “entidades não confiáveis”, o que permite a aplicação de sanções. O governo chinês afirma que irá “lutar até o fim” contra as tarifas.
*Com Reuters