Após investigações conduzidas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu, a Polícia Civil descobriu que um homem de 29 anos, que havia denunciado suposta extorsão por parte de um motociclista de aplicativo, é, na verdade, suspeito de importunação sexual contra o condutor. O caso, que inicialmente parecia envolver um crime de extorsão, ganhou novos contornos após as apurações policiais.
De acordo com as informações repassadas pela Polícia Civil, o passageiro procurou a delegacia no mês passado para relatar que, durante uma corrida de mototáxi, teria tocado as partes íntimas do motociclista, alegando que acreditaria que o condutor havia correspondido às suas investidas. Ele afirmou que, após o ocorrido, o motociclista passou a exigir valores em dinheiro para não denunciar o fato em seu ambiente de trabalho e a pessoas próximas. Sem condições de pagar, o passageiro disse ter entregado seu celular ao motociclista.
No entanto, segundo o relato do homem, as tentativas de extorsão não cessaram, o que o levou a formalizar a denúncia na delegacia. Durante as investigações, a Polícia Civil constatou que a versão do passageiro não condizia com os fatos. Ao ouvir o motociclista e analisar as evidências, os policiais concluíram que ele teria sido vítima de importunação sexual por parte do passageiro.
Conforme as apurações, após o ocorrido, o motociclista, em um ato de revolta, teria se apropriado do celular do passageiro e o jogado em um rio. Essa ação, segundo a polícia, configura o crime de exercício arbitrário das próprias razões. O motociclista também será investigado por esse ato.
A Polícia Civil ressaltou que o passageiro já possui registros de condutas semelhantes em seu histórico e que ele será alvo de investigações mais aprofundadas. O caso segue sob análise, e novas medidas devem ser tomadas conforme o andamento das apurações.
O episódio serve como alerta para a importância de investigações detalhadas, que permitam esclarecer os fatos e garantir que as vítimas sejam devidamente protegidas, enquanto os responsáveis por atos ilícitos sejam responsabilizados.