Santa Catarina se prepara para uma safra de verão 2024/2025 promissora, com expectativas de crescimento na produção das principais culturas agrícolas, incluindo soja, arroz, feijão, milho, maçã e banana. De acordo com o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa), a produtividade dessas culturas deve superar os números da safra anterior. As projeções foram apresentadas nesta segunda-feira, dia 2, em um evento online que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, e do presidente da Epagri, Dirceu Leite.
O analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, João Alves, atribui o crescimento da produtividade à expectativa de uma safra com menos interferências climáticas em comparação ao ciclo 2023/2024, que foi impactado por chuvas excessivas nos últimos meses de 2023 e início de 2024.
O secretário Valdir Colatto ressaltou a importância da diversificação na produção agrícola de Santa Catarina e destacou o papel do Estado em orientar os produtores. “Precisamos fornecer aos agricultores as ferramentas necessárias para garantir maior renda e qualidade de vida no campo. As estimativas da Epagri/Cepa são fundamentais para planejar o plantio, considerando as variações climáticas e o comportamento do mercado”, afirmou Colatto.
Dirceu Leite, presidente da Epagri, destacou a relevância dos dados fornecidos pela Epagri/Cepa para o setor produtivo. “Essas informações são essenciais para que agricultores e o setor público tomem decisões informadas. São esses números que sustentam as políticas de incentivo ao produtor lançadas pelo governo estadual”, enfatizou.
A analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Bruna Parente Porto, explicou que as estimativas iniciais são baseadas no histórico das safras catarinenses e nas intenções de plantio levantadas por técnicos em todo o estado. Essas informações são constantemente atualizadas durante o ciclo agrícola, com dados divulgados semanalmente no Boletim Agropecuário e nos portais do Observatório Agro Catarinense e Infoagro.
Para a safra 2024/2025, Santa Catarina deve produzir mais de 1,2 milhão de toneladas de arroz, um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior. A produtividade das lavouras deve alcançar 8,7 toneladas por hectare, um crescimento de cerca de 10%. A área cultivada permanece estável em 145.294 hectares, com as principais regiões produtoras sendo Araranguá e Criciúma, no Sul, e Joinville, no Norte.
A nova safra de feijão em Santa Catarina deve ver um aumento de 3,5% na área cultivada, totalizando 28.766 hectares. A produção projetada é de 55 mil toneladas, um incremento de mais de 15% em relação à safra anterior. A produtividade também deve crescer, atingindo quase dois mil quilos por hectare. As lavouras estão concentradas nas regiões de Canoinhas, Campos de Lages e Xanxerê.
A área plantada de milho em Santa Catarina tem diminuído nos últimos anos, mas a produção do grão deve aumentar 12,38% em relação ao ciclo anterior, alcançando mais de 2,2 milhões de toneladas. A produtividade está estimada em 8,4 mil quilos por hectare, um crescimento de 23%. As principais áreas de cultivo incluem Joaçaba, Chapecó e Canoinhas. Já para o milho silagem, a produção deve chegar a 9,2 milhões de toneladas, um aumento de 13%, apesar da redução de 6,6% na área cultivada.
Santa Catarina deve colher mais de 3 milhões de toneladas de soja, um aumento de 12,77% em relação à safra passada. A área plantada deve crescer 1,79%, atingindo 766.267 hectares. As regiões com maior área de cultivo incluem Canoinhas, Xanxerê e Curitibanos.
A produção de banana em Santa Catarina está projetada em 763.647 toneladas para a safra 2024/2025, um aumento de quase 17% em relação ao ano anterior. A área cultivada deve crescer 2,6%, alcançando 28.466 hectares, com uma produtividade estimada de 28,8 mil quilos por hectare. As principais regiões produtoras são Joinville e Blumenau, no Norte, e Araranguá, no Sul.
Santa Catarina, o maior produtor de maçã do país, deve produzir mais de 660 mil toneladas na próxima safra, um aumento significativo de 56% em relação ao ciclo anterior. Esse crescimento é impulsionado pela expansão da área colhida e pela recuperação das perdas causadas pelas chuvas no ciclo anterior. A produção se concentra nas regiões dos Campos de Lages e Joaçaba, com uma produtividade de cerca de 37 mil quilos por hectare.
