A escassez de água, um problema que já vinha sendo observado em diversas regiões do Brasil, intensificou-se nos últimos meses, atingindo níveis críticos em diversos reservatórios do país. A Represa de Jurumirim, localizada na região de Avaré, é um dos exemplos mais alarmantes dessa crise hídrica.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgados nesta terça-feira (3), o nível da Represa de Jurumirim está em apenas 21,53% de sua capacidade, o menor valor desde 2001. O volume mais baixo foi de 14,75%, em 2000.
A queda acentuada, de 67,51% para 21,53% entre agosto de 2023 e agosto de 2024, preocupa diversos municípios da região, como Avaré, Cerqueira César, Piraju, Itaí, Taquarituba, Paranapanema e Angatuba.
A situação crítica da Represa de Jurumirim não é um caso isolado. Outros reservatórios importantes do país, como os da Serra do Falcão-GO, Mauá-SP e Balbina-AM, também enfrentam níveis de água preocupantes, colocando em risco a geração de energia elétrica e o abastecimento de diversas regiões.
Hidrelétricas de grande porte, como Furnas-MG, Santa Clara do Paraná-PR e Sobradinho-BA, também operam com níveis de água abaixo do ideal, o que pode levar a um aumento nos custos de produção de energia e, consequentemente, impactar as tarifas para os consumidores.
A prolongada estiagem que atinge diversas regiões do Brasil é a principal causa da crise hídrica. O leste do Mato Grosso do Sul, o oeste do Mato Grosso, o sudoeste de Goiás, o Triângulo Mineiro e o norte de São Paulo são as áreas mais afetadas, segundo estudo do Cemaden. Em algumas regiões amazônicas, não chove há quase um ano.
As consequências da escassez de água são diversas e podem afetar diversos setores da sociedade, como a agricultura, a indústria, o abastecimento humano e a geração de energia. Além disso, a seca pode causar danos ambientais, como a redução do nível dos rios e a morte de animais.
Diante da gravidade da situação, é fundamental que sejam adotadas medidas urgentes para enfrentar a crise hídrica.
