Sebastião Salgado, que morreu nesta sexta-feira (23/5), construiu uma das obras fotográficas mais relevantes e impactantes do mundo, marcada pelo olhar humanista e pela capacidade de transformar temas sociais complexos em imagens de beleza.
Além das exposições e reportagens, boa parte de sua produção está eternizada em livros que se tornaram referência não só na fotografia, mas também na documentação da história contemporânea.
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Confira cinco livros de Sebastião Salgado que condensam o melhor de sua trajetória:
Trabalhadores (1993)
Considerado um dos livros mais importantes de Salgado, Trabalhadores é resultado de seis anos de viagens do fotógrafo por cerca de 26 países. A obra documenta, com imagens em preto e branco poderosas, a labuta de homens e mulheres em atividades manuais intensas, muitas delas remanescentes de práticas ancestrais. Mais do que um registro do trabalho braçal, o livro é uma homenagem à dignidade e à resistência humana diante das transformações do mundo moderno.
Êxodos (2000)
Fruto de mais de seis anos de trabalho em mais de 40 países, Êxodos é uma obra monumental em que Salgado registra os movimentos migratórios forçados por guerras, fome e desastres econômicos. O livro revela a dimensão humana das crises globais, destacando a coragem e a dor de milhões de pessoas obrigadas a abandonar suas terras em busca de sobrevivência. O livro é uma das obras mais reconhecidas internacionalmente, consolidando Salgado como o cronista visual das grandes tragédias e esperanças do século XX.
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O fotógrafo Sebastião Salgado e a mulher, Lélia, serão homenageados pela Sotheby’s, nos EUA, em evento com a presença de Anitta
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Os registros de Sebastião Salgado são tão bem feitos que é possível, sim, enxergar beleza na dor e no sofrimento em cada um dos retratados
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Em 2014, Sebastião Salgado doou coleção de fotos sobre indígenas
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África (2007)
Neste livro, Salgado reúne uma seleção de fotografias feitas ao longo de 30 anos de viagens pelo continente africano. As imagens, em preto e branco, capturam paisagens, culturas, rituais e conflitos, oferecendo um retrato complexo e respeitoso da África. A obra é marcada pelo olhar atento às populações marginalizadas e pela tentativa de desconstruir estereótipos, revelando a diversidade e a riqueza cultural do continente.
Gênesis (2013)
Gênesis é um dos projetos mais ambiciosos e celebrados de Sebastião Salgado. Ao longo de oito anos, o fotógrafo percorreu mais de 30 regiões do planeta — da Antártica à Amazônia, passando pelo Deserto do Saara e pelas ilhas Galápagos — em busca de paisagens, animais e povos que ainda vivem segundo tradições ancestrais. O livro é um convite à contemplação das belezas naturais do planeta e um manifesto em defesa da preservação ambiental. O livro marca também o engajamento de Salgado em questões ecológicas, aprofundado pelo trabalho do Instituto Terra.
Serra Pelada (2019)
Este livro resgata uma das séries mais icônicas de Salgado, realizada no início dos anos 1980, quando ele fotografou a impressionante mineração de ouro na Serra Pelada, no Pará, Brasil. As imagens, que mostram milhares de homens cavando com as próprias mãos em um cenário que lembra formigueiros humanos, são hoje reconhecidas como algumas das mais emblemáticas da história da fotografia. Serra Pelada é um retrato dramático da busca pela riqueza e das desigualdades sociais que marcam a exploração mineral.
Acompanhe a live do Metrópoles sobre a morte de Sebastião Salgado: