A primeira reunião bilateral entre Rússia e Ucrânia desde as primeiras semanas da guerra entre os dois países teve resultados modestos.
A conversa desta sexta-feira (16) durou pouco mais de duas horas.
Os dois lados confirmaram que pretendem articular um novo encontro para discutir o fim do conflito. A Ucrânia pediu que a próxima reunião seja entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.
O Kremlin afirmou que vai analisar a demanda, mas não se comprometeu com uma agenda entre chefes de Estado.
Rússia e Ucrânia ainda concordaram em trocar mil prisioneiros de guerra de cada lado.
Uma fonte que acompanhou a reunião afirmou que a Rússia fez demandas consideradas “inaceitáveis” por Kiev, como o controle de regiões que o exército do Kremlin sequer ocupa atualmente.
O presidente ucraniano estava em um fórum na Albânia durante as tratativas, ao lado dos líderes de Reino Unido, França, Alemanha e Polônia. Ao fim da reunião, Zelensky ligou para o presidente americano, Donald Trump, e pediu que o Ocidente amplie as sanções contra a Rússia como forma de pressionar Putin a negociar um cessar-fogo.
Em seguida, Trump voltou a condicionar qualquer acordo a uma reunião entre ele e o chefe do Kremlin.
“A gente precisa se encontrar. Ele (Putin) e eu vamos nos encontrar. eu penso que vamos resolver o problema. ou talvez não, mas ao menos saberemos. E, se não resolvermos, isso seria interessante?”, afirmou Donald Trump.
Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou nesta sexta-feira que o bloco prepara uma nova rodada de restrições à economia russa.
Entre elas, amarras ao setor financeiro e ao petróleo russo.
“Estamos prontos para fazer mais para trazer Putin à mesa de negociação. Essa guerra precisa acabar”, disse a dirigente europeia.
