O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (13) uma rodada de investimentos da Arábia Saudita no território americano que pode chegar a US$ 600 bilhões.
Trump e o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, celebraram os acordos em um seminário que reuniu os maiores líderes de negócio dos Estados Unidos. Entre eles, Larry Fink, da BlackRock; e Elon Musk, da Tesla.
Os investimentos partiram do Fundo Soberano Saudita, controlado pela família real. E fazem parte de uma tentativa do país de abandonar a dependência do petróleo.
As autoridades assinaram — na própria reunião — acordos que somam US$ 300 bilhões. Metade do valor total anunciado.
Um dos investimentos que mais chamou a atenção foi o aporte na Nvidia, a companhia que lidera corrida pela produção de microprocessadores para inteligência artificial.
A Arábia Saudita também anunciou a compra de US$ 140 bilhões em equipamentos militares americanos. Segundo a Casa Branca, esse é o maior acordo de cooperação militar da história.
Trump ainda fez um anúncio inesperado durante o encontro. o presidente americano disse que os Estados Unidos vão retirar as sanções econômicas contra a Síria, que já duram mais de 20 anos.
O movimento, entretanto, já era aventado desde a queda do regime Bashar Al-Assad, no fim de 2024.
Segundo Trump, a decisão partiu de um pedido do próprio Mohammed Bin Salman.
Na quarta-feira (14), Trump embarca para o Catar, na segunda parte da viagem aos países do Golfo. Em seguida, vai visitar, também, os Emirados Árabes Unidos.
A agenda no Oriente Médio não conta com uma visita a Israel, o que incomodou o principal aliado da Casa Branca na região.
Na segunda-feira (12), os Estados Unidos anunciaram a libertação do último refém americano que estava na Faixa de Gaza. A soltura partiu de uma negociação direta com o Hamas.
Também contribuiu para o mal estar as tratativas entre diplomatas americanos e negociadores iranianos, reunidos em Oman, para discutir o programa nuclear de Teerã.
A relação entre Trump e os países do Golfo vai além da diplomacia institucional.
Desde que o republicano voltou à Presidência, empresas ligadas à família Trump triplicaram os laços comerciais com as ditaduras da região, segundo um levantamento da CNN Internacional.
Entre os investimentos estão; campos de golfe, operações imobiliárias e criptomoedas.