Tira casaco, bota casaco, que o clássico Karatê Kid está de volta, e com os “senseis” Jackie Chan e Ralph Macchio. Protagonizado por Bem Wang, a produção traz a essência do filme original, mas também aspectos para atrair um novo público, já que a primeira obra data de 1984.
Neste filme, Li Fong é um jovem que deixou Pequim, na China, e rumou para os Estados Unidos com a mãe. Ela não permite que ele lute kung fu ou karatê por conta da morte do irmão mais velho, que foi assassinado após um torneio no país natal.
Entretanto, ele volta às artes marciais para treinar Victor, o pai da (futura) namorada dele, Mia, que precisa do prêmio de um torneio para não perder a pizzaria que construiu. Entretanto, Fong mesmo vai para a ação após diversos acontecimentos e repete a história dos outros filmes da franquia.
A crítica
Mais do que uma aventura já eternizada por tantos protagonistas, como Ralph Macchio e Jaden Smith, a produção traz muita nostalgia por contar com os protagonistas do primeiro filme e brinda os fãs com um momento para lá de especial.
Com relação às atuações, Jackie Chan (Han) traz o pacote completo: humor, carisma, muita ação e movimentos para lá de apurados quando o assunto é karatê. Ao lado dele, ensinando o jovem Fong, Macchio (Daniel LaRusso) completa o time de “treinadores” e também eleva a produção a outro nível, com a já conhecida habilidade para a arte marcial.
A estrela da vez é Ben Wang, jovem de 25 anos que participou de filmes como Sex Appeal (2022) e Visão (2024). O jovem se divide entre o amor ao kung fu, o passado trágico e a jovem Mia (Sadie Stanley), que conhece no primeiro dia em Nova York. Como protagonista da produção, ele traz a emoção necessária e faz muito bem a conexão entre as três facetas do Karatê Kid.
A obra não exclui o que foi construído em Cobra Kai, mas traz muitos aspectos semelhantes à obra. Entretanto, o diretor Jonathan Entwistle tenta colocar um elemento a mais na história e explorar bastante o passado do protagonista. Antes mesmo de ir à luta, uma coisa bastante trivial do filme, ele atua como um “sensei”.
Ao colocar um novo “lutador” na história e explorar o passado, o cineasta traz um frescor ao apostar em um drama ainda maior e, mesmo que vinculado ao mundo da arte marcial, novo para a saga. O amor adolescente, que traz motivações ao protagonista, é alterado por conta desse trauma vivido por Fong.
Apesar de começar de uma maneira mais lenta, com pouca ação, o filme cresce com o passar dos atos. O treino de Victor, comandado pelo jovem carateca, traz emoção, mas o filme pega no embalo mesmo quando Daniel LaRusso e Han se unem para treinar Fong. Mesmo com um frescor e uma nova situação a ser resolvida, os fãs de Karatê Kid não vão se decepcionar com o final.
Inclusive, as últimas cenas trazem uma surpresa que empolga qualquer entusiasta da saga e do personagem.