08/05/2025 - 11:45
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Justiça torna réu policial civil que matou assessor parlamentar no RJ

A Justiça do Rio de Janeiro tornou réu o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão pela morte do assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, de 46 anos, assassinado no último dia 19 de janeiro.

A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro foi aceita pela juíza Lúcia Glioche da 4ª Vara Criminal do Rio, nesta segunda-feira (5) e comunicada nesta terça-feira (6).

Segundo a acusação, oferecida 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada em 10 de fevereiro, Raphael matou Marcelo com três tiros, por motivo fútil, sem que a vítima pudesse se defender, sendo atingida por disparos feitos a curta distância e pelas costas. O policial civil usou ainda uma arma de uso privativo em serviço.

O crime ocorreu em frente a um hotel na Barra da Tijuca, na zona Oeste da capital fluminense. Ao chegar ao local, o assessor encontrou o carro de Raphael parado na rampa de acesso ao estacionamento, impedindo a passagem.

Depois de uma breve discussão, o policial efetuou os disparos. Ainda de acordo com a denúncia, Raphael não prestou socorro, foi ao apartamento onde morava, trocou de roupa e saiu de carro, ainda arrebentando a cancela do estacionamento.

A investigação da Polícia Civil havia concluído que o agente atuou em legítima defesa. A juíza, em sua decisão, afirmou que essa conclusão “não está evidente e nem cabalmente revelada”. 

“A análise das imagens captadas no local, somadas ao número de disparos efetuados, considerando-se, inclusive, o fato do acusado ser policial civil, não existindo demonstração do que foi falado entre acusado e vítima, por ora, evidenciam a imputação efetuada na denúncia”, explica a juíza.

A defesa de Raphael havia pedido a revogação da prisão preventiva do réu, que foi negada pela magistrada. Ele está preso desde o dia 21 de janeiro. 

A juíza explicou na decisão que a manutenção da prisão é importante para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal, já que todas testemunhas arroladas no processo moram ou trabalham no local onde o crime ocorreu.

A primeira audiência de instrução e julgamento do processo foi marcada para o próximo dia 23 de junho, às 15h30. Raphael vai responder por homicídio triplamente qualificado.

 

O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídio da Capital (DHC). O assessor parlamentar da vereadora Vera Lins (Progressistas) foi morto após um desentendimento com o policial Raphael Gedeão.

Parentes da vítima contaram, em depoimento à Polícia Civil, que ele voltava de uma loja que possui em Madureira, na zona norte do Rio, de onde costumava retornar tarde após receber mercadorias para abastecer o local.

Segundo o Corpo de Bombeiros, agentes do quartel da Barra da Tijuca foram acionados às 3h da manhã para a ocorrência. Ao chegar no local, constataram que Marcelo já estava morto.

Testemunhas contaram que ele voltava para o Hotel Wyndham, onde estava hospedado com a família desde o Ano Novo. De acordo com a DHC, foi realizada perícia no local e análise das imagens de câmeras de segurança da região.

“A Polícia Civil reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus servidores”, afirmou a corporação na época do crime.

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