07/05/2025 - 15:10
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Produção de cana em Mato Grosso cresce 4,1% na safra 2025/26 e impulsiona produção de açúcar e etanol

De acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o avanço se dá mesmo diante de desafios climáticos enfrentados em outras regiões do país. A produção nacional, por outro lado, tende a recuar, impactada especialmente pela queda no Sudeste.

Mato Grosso deve colher 18,15 milhões de toneladas de cana na safra 2025/26, frente às 17,44 milhões de toneladas do ciclo anterior. A produção estimada será convertida em 615,4 mil toneladas de açúcar e 1,10 bilhão de litros de etanol (hidratado e anidro), conforme dados da Conab.

Apesar do desempenho positivo em Mato Grosso, a produção brasileira de cana-de-açúcar deve atingir 663,4 milhões de toneladas — uma retração de 2% em relação à safra passada. A área total cultivada com cana no país se mantém praticamente estável, com leve aumento de 0,3%, totalizando 8,79 milhões de hectares.

A produtividade média nacional está estimada em 75.451 quilos por hectare, uma queda de 2,3%. O declínio é atribuído às condições climáticas adversas durante o desenvolvimento das lavouras em 2024.

O Sudeste, principal região produtora do país, deverá colher 420,2 milhões de toneladas — retração de 4,4% frente à safra anterior. A produtividade média também deve cair 3,3%, chegando a 77.573 kg/ha, impactada por altas temperaturas, baixa pluviosidade e registros de incêndios, especialmente em São Paulo.

A região Centro-Oeste, segunda maior produtora de cana no Brasil, deve colher 148,4 milhões de toneladas em 2025/26, crescimento de 2,1% em relação à safra anterior. O avanço é impulsionado por um aumento de 3,4% na área cultivada, que passa a somar 1,91 milhão de hectares.

Apesar disso, a produtividade média tende a cair 1,2%, ficando em 77.574 quilos por hectare, também em função de condições climáticas menos favoráveis.

No Sul, a produtividade deve se manter estável, com cerca de 69 mil quilos por hectare. A área plantada, por sua vez, deve crescer 2,3%, alcançando 497,1 mil hectares. A produção total estimada na região é de 34,4 milhões de toneladas.

No Nordeste, onde a colheita começa em agosto, a expectativa é de crescimento de 3,6% na produção, com estimativa de 56,3 milhões de toneladas. O incremento se deve à ampliação da área e à perspectiva de maior produtividade.

A região Norte também projeta alta: com produtividade estimada em 82.395 kg/ha e condições climáticas favoráveis, a produção deve alcançar 4,2 milhões de toneladas.

Mesmo com a retração na safra nacional de cana, a produção de açúcar deve atingir 45,9 milhões de toneladas, podendo ser a maior da série histórica da Conab.

Já a produção de etanol, considerando a matéria-prima cana-de-açúcar e milho, tende a cair 1%, chegando a 36,82 bilhões de litros. O etanol exclusivamente derivado da cana deve sofrer queda de 4,2%, reflexo da menor oferta de matéria-prima.

Esse recuo, no entanto, será compensado pelo crescimento de 11% na produção de etanol a partir do milho — resultado da ampliação da capacidade de processamento do cereal.

O cenário da safra 2025/26 é de otimismo, especialmente para o açúcar. A competitividade brasileira no mercado internacional permanece elevada, com custos de produção relativamente baixos e uma expectativa de menor oferta por parte de grandes produtores como Índia e Tailândia.

No caso do etanol, a demanda interna continuará atrelada à relação de preços com a gasolina e às políticas de precificação. O destaque é o crescimento da produção de etanol de milho, que vem ajudando a diversificar a matriz de biocombustíveis e a manter a estabilidade do mercado, mesmo com menor disponibilidade de cana.

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