06/05/2025 - 18:09
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Mercado de milho enfrenta pressão de baixa com avanço da colheita e dólar em queda

A recente desvalorização do dólar frente ao real também contribui para reduzir a atratividade das exportações, pressionando ainda mais os preços no mercado interno. As cotações do grão recuam tanto no mercado físico quanto nas bolsas de valores, refletindo um cenário de ampla disponibilidade e incertezas globais.

De acordo com a análise semanal da plataforma Grão Direto, divulgada nesta segunda-feira (5), o mercado de milho permanece pressionado devido ao aumento da oferta e à demanda mais retraída. As boas condições climáticas para a safrinha e o avanço da colheita da primeira safra reforçam esse cenário, trazendo maior disponibilidade do grão no curto prazo.

O especialista da Grão Direto destaca que compradores seguem cautelosos, o que contribui para a manutenção da tendência de queda no mercado físico. Por outro lado, setores como o de etanol e o de ração continuam com demanda ativa, o que pode evitar quedas mais acentuadas nos preços, especialmente em momentos de repiques pontuais.

No câmbio, o dólar continua em trajetória de queda frente ao real, impulsionado por dados econômicos dos Estados Unidos e pela redução das tensões comerciais com a China. A valorização do real contribui para a queda dos preços do milho e de outras commodities agrícolas no mercado interno, ao reduzir a competitividade das exportações brasileiras.

Apesar disso, a desvalorização do dólar também pode beneficiar os produtores em outro aspecto: melhora as condições de compra de insumos e equipamentos agrícolas, que muitas vezes são importados.

Outro ponto de atenção é a divulgação do novo relatório mundial de oferta e demanda agrícola (WASDE), prevista para o dia 12 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado internacional pode registrar maior volatilidade com os novos dados, especialmente em relação ao ritmo de plantio das lavouras norte-americanas.

A Grão Direto alerta que, diante de um cenário de ampla oferta e incertezas no mercado internacional, é essencial que os produtores adotem uma gestão de margem estratégica, atentos às oportunidades pontuais de comercialização.

Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho também registrou desvalorização, refletindo tanto a queda dos preços em Chicago quanto o aumento nas estimativas de produção da safrinha brasileira. Segundo informações da TF Agroeconômica, a consultoria StoneX elevou sua projeção para a produção da safrinha de 101,60 para 104,30 milhões de toneladas. A estimativa total passou para 132,40 milhões de toneladas, superando os 126 milhões previstos anteriormente pelo USDA.

As cotações na B3 apresentaram os seguintes resultados:

Na Bolsa de Chicago, o milho também encerrou o dia em baixa. A cotação de julho, referência para a safra de verão brasileira, caiu 3,04% ou 14,75 cents/bushel, fechando a US$ 454,75. A cotação para setembro recuou 1,65%, ou 7,25 cents/bushel, encerrando a US$ 432,75.

Segundo a TF Agroeconômica, o recuo é atribuído às chuvas recentes nos Estados Unidos, que favorecem o bom desenvolvimento das lavouras, além da confirmação de avanço acelerado da semeadura conforme relatório semanal do USDA. Também pesou sobre as cotações a constatação de que os rendimentos do milho safrinha no Brasil estão acima do inicialmente previsto.

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