A exportação de arroz brasileiro segue em um ritmo positivo durante o primeiro semestre de 2025, com destaque para a forte demanda dos países da América Central. De acordo com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), no primeiro trimestre do ano, os principais destinos para o produto em casca foram Senegal, México, Gâmbia, Nicarágua e Venezuela. Entre abril e junho, a Costa Rica deve ser responsável por um aumento significativo nas compras, superando a marca de 200 mil toneladas.
Com esse cenário promissor, a Federarroz orienta os produtores a estarem atentos às oportunidades de exportação, o que pode impactar diretamente o mercado interno do arroz. O presidente da entidade, Alexandre Velho, destacou que a demanda externa não apenas beneficiará o mercado atual, mas também deve gerar efeitos positivos nos próximos ciclos agrícolas. “No próximo ano, os produtores também sentirão os benefícios dessa procura crescente”, afirmou.
Em março, um negócio significativo foi fechado com o México, no qual 30 mil toneladas de arroz foram exportadas por R$ 82,00 a saca de 50 quilos, a partir do Porto de Rio Grande. Este acordo teve grande relevância para o mercado, principalmente considerando o cenário de oscilações nos preços nos últimos meses. O preço obtido foi considerado favorável, tanto pela importância da exportação quanto pelo impacto que pode gerar nos preços internos.
Responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, o Rio Grande do Sul mantém uma infraestrutura logística sólida, com destaque para o Porto de Rio Grande, que continua sendo uma das principais portas de saída para o arroz produzido no estado, garantindo o atendimento eficaz à demanda internacional.