01/05/2025 - 23:56
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Técnica menos invasiva ganha espaço no tratamento da próstata

Para muitos homens, envelhecer vem acompanhado de uma rotina silenciosa de desconfortos urinários que se tornam parte do dia a dia quase sem perceber: o jato fraco, a urgência para urinar, as idas noturnas ao banheiro e a sensação constante de que a bexiga nunca está completamente vazia.

Esses sintomas, tão comuns após os cinquenta anos, são quase sempre causados por um crescimento benigno da próstata, a chamada hiperplasia prostática benigna, uma condição não cancerígena,
mas que pode impactar profundamente a qualidade de vida.

Por muito tempo, o tratamento padrão era a cirurgia tradicional, em especial a ressecção transuretral da próstata — a conhecida RTU — que, embora eficaz, exige anestesia, internação e um pós-operatório nem sempre simples, sobretudo para pacientes mais idosos ou com outras condições de saúde.

Embolização prostática: uma alternativa moderna e menos invasiva

Nos últimos anos, uma nova alternativa tem conquistado espaço por oferecer bons resultados com muito menos impacto para o corpo. Estamos falando da embolização prostática, um procedimento minimamente invasivo realizado por radiologistas intervencionistas que, com o auxílio de imagens em tempo real, conseguem tratar o problema de forma precisa e sem cortes.

A técnica consiste em introduzir um microcateter por uma artéria da perna, navegando até os vasos que irrigam a próstata e bloqueando esse fluxo com partículas microscópicas. Com o tempo, a redução no aporte de sangue faz a próstata diminuir de volume, aliviando a compressão sobre a uretra e,
consequentemente, melhorando os sintomas urinários.

Benefícios da embolização prostática em relação à cirurgia tradicional

O que torna essa abordagem especialmente interessante é o seu perfil de recuperação. Ao contrário da cirurgia convencional, a embolização não exige internação prolongada, tampouco anestesia geral, e os riscos de complicações como incontinência urinária ou disfunção erétil — duas preocupações frequentes entre os pacientes — são extremamente baixos.

Além disso, o retorno às atividades habituais costuma ser rápido, muitas vezes ocorrendo poucos dias após o procedimento, o que representa um alívio importante para quem já vinha sendo limitado pelos sintomas da HPB.

Estudos clínicos conduzidos em diferentes países, incluindo o Brasil, demonstram que mais de 80% dos homens submetidos à embolização apresentam melhora significativa e sustentada dos sintomas, com níveis elevados de satisfação mesmo em acompanhamentos de longo prazo.

É uma técnica que, embora ainda não seja amplamente conhecida pelo grande público, tem sido cada vez mais adotada como primeira escolha por pacientes que buscam alívio sem abrir mão da segurança e do conforto, especialmente aqueles que, por idade avançada ou doenças associadas, não podem ou não querem se submeter à cirurgia.

Escolhendo o melhor caminho para tratar a hiperplasia prostática

A decisão sobre qual tratamento adotar deve ser feita com base em uma avaliação individualizada, levando em conta as características da próstata, os sintomas, as preferências do paciente e, claro, a orientação de uma equipe multidisciplinar composta por urologistas e radiologistas intervencionistas.

Mas o mais importante é saber que hoje existe uma alternativa eficaz, menos invasiva e com alto potencial de devolver autonomia, bem-estar e qualidade de vida para milhares de homens que convivem com os efeitos da HPB.

Se antes era preciso escolher entre conviver com os sintomas ou enfrentar uma cirurgia de maior porte, agora a medicina oferece um caminho do meio — mais leve, mais preciso e, para muitos, decisivo. E isso muda tudo.

*Texto escrito pelo médico radiologista intervencionista Felipe Roth Vargas (CRM 155352 SP | RQE 94668)

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Técnica menos invasiva ganha espaço no tratamento da próstata no site CNN Brasil.


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