Uma grande queda de energia nesta segunda-feira (28) deixou partes da Espanha, Portugal e da França sem energia elétrica, desligando semáforos e causando caos em aeroportos, estações de trem e estradas.
A operadora de rede elétrica espanhola Red Electrica informou que está trabalhando com empresas de energia para restabelecer o fornecimento do serviço.
Já a REN, operadora de energia elétrica de Portugal, negou ter afirmado que um fenômeno atmosférico raro foi a causa da interrupção da energia.
Veja como a interrupção do serviço de energia está afetando as diversas áreas da vida no país:
Com os semáforos desligados, o governo colocou mais polícias nas ruas para ajudar o trânsito a fluir. Em Lisboa, houve também reforço da polícia municipal, que está presente em muitos cruzamentos importantes da capital. A orientação das autoridades é evitar deslocações desnecessárias. Pede-se também uma redução da velocidade nas estradas.
Além da greve do metrô, com o apagão ficou também impossível circular no Metropolitano de Lisboa, que suspendeu a operação de imediato. Os ônibus passaram a ser a única alternativa.
Em Lisboa, houve um reforço do policiamento nos aeroportos — locais onde a confusão era maior. A ANA, empresa responsável pela gestão de aeroportos em Portugal, acionou os geradores de emergência. Ainda na capital, o acesso aos aeroportos estava condicionado a quem tinha voo marcado, levando a aglomerações nos locais.
Há centenas de voos cancelados, passageiros sem acessos a bagagens e sem qualquer alternativa para chegarem aos seus destinos. Em Lisboa, durante duas horas, chegaram quatro voos e partiram outros quatro. Não se esperavam novas partidas até às 22h do horário local.
A orientação da ANA era de que os passageiros aguardassem o contato das companhias aéreas antes de irem para o aeroporto. Outra garantia é de que estão sendo distribuídas água e alimentos e preparando a logística para quem precise de passar a noite no terminal.
Várias entidades estão pedindo o consumo moderado de água devido ao apagão, restringindo-o aos usos essenciais, para não falhar o fornecimento aos serviços críticos, como os hospitais. Em Lisboa, a EPAL, empresa portuguesa de água, alertou para possíveis interrupções.
Se está em casa, o conselho é que tire os eletrodomésticos das tomadas e desligue o quadro elétrico, porque há o risco de estragarem devido ao pico de energia, caso não haja estabilizadores de corrente ou UPS — além do risco de incêndio.
Manter a calma, poupar a bateria dos dispositivos móveis e tentar preparar um kit de emergência, caso não o tenha, que inclua comida enlatada, papel higiênico ou água engarrafada.
A Proteção Civil aconselha a que se “respeite as orientações das autoridades”, que se “reduza a velocidade e redobre a atenção durante a circulação rodoviária” e que “evite deslocações desnecessárias”, até porque nem todos os postos de abastecimento estão capazes de operar normalmente.
Abra apenas a porta do congelador ou do frigorífico quando estritamente necessário, de modo a evitar oscilações de temperatura, que podem aquecer o interior do eletrodoméstico.
Há vários postos de combustíveis fechados ou condicionando o abastecimento. A Guarda Nacional Republicana (GNR) está garantindo a escolta ao transporte de combustíveis para as infraestruturas mais críticas devido ao apagão.
As empresas Meo, Vodafone e Nos já admitiram falhas de rede, que são pelos clientes em várias regiões do país, apesar de terem sido ativados os planos de contingência.
Entretanto, a Meo anunciou que reconfigurou rede, limitando o uso de dados móveis para garantir serviços essenciais e pediu para que os clientes façam um uso responsável das comunicações até à reposição da energia.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está funcionando com recurso a geradores, pedindo que apenas se ligue para o 112 “em caso de emergência, para evitar a sobrecarga do sistema”.
Vários hospitais e unidades de saúde ativaram os respectivos planos de emergência, mantendo apenas a atividade prioritária.