24/04/2025 - 17:09
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Quadrilha interestadual que furta cabos de energia é alvo de operação no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza uma operação, na manhã desta quinta-feira (24), contra uma quadrilha interestadual que furta cabos de energia. Até o momento, cinco pessoas foram presas.

A Operação Caminhos do Cobre é coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Polícia Civil do Paraná. São cumpridos mandados de prisão preventiva e 46 ordens de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos nas residências dos alvos, em sete ferros-velhos e em metalúrgicas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A Justiça também pediu o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros, além do sequestro e indisponibilidade de bens e imóveis.

Segundo a polícia, o alvo é uma organização criminosa altamente estruturada, especializada no crime em grande escala contra concessionárias de serviços públicos. A quadrilha ainda pratica lavagem de dinheiro por meio de empresas reais e fictícias e contratos simulados.

Ao todo, 22 pessoas já foram denunciadas por envolvimento no esquema. As investigações revelaram um sofisticado esquema criminoso: a quadrilha furtava cabos de telecomunicações e energia elétrica e utilizava empresas de reciclagem, ligadas aos próprios líderes da organização, para recolher o material.

A quadrilha ainda lavava os lucros ilícitos por meio de transações bancárias fracionadas, aquisição de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas reais.

Esta é a segunda fase da Operação Caminhos do Cobre. A primeira etapa foi deflagrada em 2022, quando foi revelada a existência de uma cadeia estruturada de escoamento dos bens subtraídos, direcionando esforços para o rastreamento da receptação em ferros-velhos.

Veja imagens da operação desta quinta (24):

A Polícia Civil do Rio detalhou o esquema criminoso da quadrilha. Os furtos ocorriam durante a madrugada, com batedores armados em motocicletas, ligados ao tráfico de drogas, para garantir a evasão e a proteção da operação. Os criminosos amarravam os cabos aos caminhões, causando ainda danos estruturais severos às estações subterrâneas.

O material subtraído era transportado para galpões e ferros-velhos em Queimados, na Baixada Fluminense; no Morro do Fallet, no Centro do Rio; e no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Todos os estabelecimentos pertenciam aos líderes da organização, situados em territórios dominados por facções criminosas.

O grupo dividia o faturamento com os traficantes locais, garantindo a proteção do território. Nos depósitos, os cabos eram decapados, fracionados e queimados para eliminar vestígios de origem. Em seguida, eram revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, com apoio de intermediadores.

Segundo a polícia, parte dos pagamentos era feita com veículos de luxo e outra era lavada por meio de empresas ligadas ao núcleo de comando, nos ramos de alimentos e comunicação.

A polícia ainda afirma que o líder do grupo era também o elo com o tráfico na região do Fallet. Ele atuava como contador da facção local, controlando repasses, fluxo financeiro e lavagem via empresas reais. O homem já havia sido preso pela Polícia Civil do Paraná por ser a ligação entre fornecedores de drogas do estado paranaense e traficantes do Rio.

A esposa dele assumiu a liderança após a prisão, comandando pagamentos, lavagem, contratos simulados e gerenciamento de empresas.

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