A produção de pinhão no Rio Grande do Sul deve alcançar 860 toneladas em 2025, conforme projeção divulgada pela Emater/RS-Ascar. O volume estimado está em consonância com a média registrada nos últimos anos, refletindo estabilidade na colheita do fruto da araucária em boa parte das regiões analisadas.
Do total previsto, 600 toneladas devem ser colhidas nas regiões da Serra Gaúcha, Hortênsias e Campos de Cima da Serra. Outras 110 toneladas estão previstas para o Planalto e mais 150 toneladas devem ser provenientes das regiões Centro Serra e Serra do Botucaraí.
Apesar da estabilidade geral, a análise regional mostra oscilações: enquanto algumas localidades apresentaram crescimento entre 10% e 20%, outras registraram queda, impactadas principalmente pelas condições climáticas. Entre os fatores que interferiram na produção estão as secas recorrentes nos últimos anos, o excesso de chuvas no final do inverno e início da primavera, além da alternância natural da produção das araucárias, característica biológica da espécie.
“A colheita é fortemente influenciada por essas variáveis, o que acaba resultando em variações significativas entre as safras”, afirma, em nota, a engenheira florestal Adelaide Ramos, da regional de Caxias do Sul da Emater/RS-Ascar.
A safra de pinhão na região Sul do Brasil teve início no dia 1º de abril, respeitando o período estipulado pela legislação local, que visa à preservação da araucária e ao manejo sustentável do fruto.
