Um recém-nascido foi abandonado em um lote vago no município de Angelândia, Minas Gerais, na manhã do último sábado (19). O bebê, do sexo masculino, foi encontrado com amputação total da orelha esquerda, do pé esquerdo e parcial do pé direito, após ser atacado por cães.
Segundo informações da Polícia Militar, a criança foi localizada por vizinhos que a encontraram chorando e sendo atacada por cães. Os vizinhos conseguiram espantar os animais e acionar o socorro.
O bebê recebeu os primeiros atendimentos da equipe da Policlínica Municipal e, devido à gravidade dos ferimentos, foi encaminhado de helicóptero em estado crítico para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
A Polícia Militar identificou uma adolescente de 16 anos como a principal suspeita de ser a mãe da criança. Inicialmente, a jovem negou a gravidez e o parto, uma situação que, segundo relatos, era escondida da família, porém exames médicos confirmaram sinais de parto recente.
Na casa da adolescente, os militares encontraram uma toalha e um colchão com manchas de sangue, além de sinais de limpeza recente.
Testemunhas disseram à polícia que, Sebastião Gomes Pereira, o padrasto, de 39 anos, e Waldecina Batista de Souza, mãe da adolescente, de 36 anos, que são os avós da criança, observaram o recém-nascido abandonado no lote, mas optaram por deixar o local sem prestar qualquer auxílio.
Os avós da criança informaram aos agentes que não sabiam da gravidez da filha e também são investigados por envolvimento no crime. Ambos foram presos em flagrante por tentativa de homicídio qualificado.
De acordo com o Tribunal de Justiça, após a realização da audiência de custódia na tarde do último domingo (20), a prisão em flagrante dos avós foi convertida em prisão preventiva.
Segundo a Polícia Civil, além dos avós presos, a adolescente também foi conduzida para prestar depoimento na 3ª Central Estadual do Plantão Digital.
Após ser ouvida, ela foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado e aguarda a decisão do Ministério Público sobre sua possível internação. A Polícia Civil continua investigando o caso.
*Sob supervisão
